Medicamento se liga à célula de defesa e impede progressão da doença. Na esclerose, pacientes têm dificuldade para caminhar e podem apresentar confusão mental.
Pacientes que sofrem de esclerose múltipla passaram a ter uma nova opção com a aprovação do Ocrelizumabe, que recebeu registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O novo medicamento, produzido pela Roche, impede surtos da doença.
A esclerose múltipla é uma condição em que o sistema de defesa "ataca" a estrutura que reveste as células nervosas: a bainha de mielina.
Isso causa sintomas diversos, como distúrbios do movimento.
Não há cura e os medicamentos visam a reduzir os surtos da doença -- episódios em que os sintomas são mais agudos.
A droga se liga ao linfócito B, célula de defesa que tem um papel importante na destruição da bainha.
"O ocrelizumabe identifica e elimina esses linfócitos B específicos. Isso reduz a inflamação e os ataques na bainha de mielina, como também reduz a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença", detalha a nota da Anvisa.
O medicamento é biológico, ou seja, seu princípio ativo é produzido por meio de organismos vivos. Também trata-se de um anticorpo monoclonal.
Para produzir um anticorpo monoclonal, pesquisadores clonam uma célula de defesa, que depois é treinada para identificar e atacar agentes causadores de doenças.
Doença degenerativa provoca distúrbios de movimento
A esclerose múltipla é uma condição em que o próprio sistema imunulógico acaba destruindo uma camada de gordura e proteína que reveste as células nervosas.
Essa camada, chamada de bainha de mielina, permite a condução dos impulsos nervosos com velocidade e precisão.
São esses impulsos que possibilitam que o cérebro comande as funções do corpo.
Com a destruição da camada, a doença vai progressivamente provocando alterações no humor, depressão, deterioração mental, fraqueza, lentidão, desequilíbrio, tremor, entre outros sintomas.
(Fonte: Bem-Estar - G1)