Pesquisas da USP estudam uso de proteína contra envelhecimento
Estudos visam descobrir usos terapêuticos da proteína klotho existente no organismo
De acordo com estudos do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, há relação entre a queda dos níveis da proteína klotho no organismo e o aparecimento de danos no sistema nervoso central, principalmente em pacientes com condições como doença crônica central. Novos estudos buscam descobrir possíveis usos terapêuticos, entendendo as ações fisiológicas da proteína no sistema nervoso central e periférico.
A klotho é uma proteína presente na membrana das células ou na circulação produzida pelo corpo e desempenha funções fisiológicas que podem ser um importante caminho na prevenção ou tratamento de certas doenças relacionadas ao envelhecimento. Segundo o professor Cristóforo Scavone, do ICB, coordenador das pesquisas, o nome klotho vem da mitologia grega, relacionado com figuras gregas que controlam o fio da vida dos mortais. “Tal proteína, quando em níveis reduzidos, tem potencial de produzir características similares a um processo de envelhecimento acelerado, enquanto que a indução de sua expressão pode promover o aumento da longevidade”, diz o docente.
A pesquisadora Marina Cararo Lopes, que estudou efeitos da redução da proteína no sistema nervoso central em seu mestrado, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), conta que a proteína é expressa normalmente pelo organismo e tem grande importância na modulação de ações fisiológicas, incluindo o sistema nervoso. “Existe uma redução nos níveis dessa proteína ao longo do envelhecimento, e tal redução é mais acentuada em vigência de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer”, afirma “Há também correlações entre a redução da klotho e doenças cardiovasculares e renais, por exemplo”.
Fonte:Jornal da USP: http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/proteina-tem-potencial-para-prevenir-efeitos-do-envelhecimento/