Tecnologia desenvolvida na Unicamp reduz efeitos da quimioterapia
Com as nanopartículas, há redução de efeitos colaterais como queda de cabelo, náuseas, vômitos, entre outros.
Uma tecnologia, em escala laboratorial e desenvolvida pelo Instituto de Química da Unicamp, é promessa para reduzir os efeitos colaterais causados por tratamentos oncológicos. A patente foi depositada pela universidade junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). A patente consiste em um processo de obtenção de nanopartículas de sílica peguilhadas carreadoras de fármacos hidrofóbicos. Essa definição técnica faz referência a uma estratégia de nanomedicina para conduzir o fármaco, usado na quimioterapia, até as células cancerígenas presentes no paciente.
Como explica o doutorando Leandro Carneiro Fonseca, um dos autores, ao lado do Professor Oswaldo Luiz Alves e dos pesquisadores Diego Stéfani Teodoro Martinez e Amauri Jardim de Paula, atualmente os fármacos utilizados necessitam ser usados em grandes quantidades dada a insolubilidade entre eles e o sangue humano. Com o uso da tecnologia desenvolvida na USP, o fármaco é encapsulado e está presente em menor quantidade, por ser formado por nanopartículas. A sílica, por sua vez, garante uma maior eficiência no processo de transporte intravenoso do fármaco até a célula. “De uma maneira muito simplória, apenas para ilustrar, é como se a nanopartícula de sílica fosse um carro que transporta de maneira mais eficiente o fármaco até a célula sem que haja um desperdício do mesmo no percurso. Isso ocorre pois o nanocarro é solúvel no sangue e seu interior, onde o fármaco está contido, é hidrofóbico, permitindo a elevada retenção do quimioterápico. Dessa forma, é usada uma menor quantidade de fármaco, justamente porque a substância chega na quantidade adequada para o tratamento”, explica o pesquisador.
Fonte: Inova Unicamp: http://www.inova.unicamp.br/noticia/tecnologia-da-unicamp-reduz-efeitos-colaterais-da-quimioterapia/