Tratamento com medicação na fase pré-hipertensiva reduz riscos
Pesquisa aponta que a combinação de dois medicamentos diuréticos traz melhores resultados do que o medicamento ofertado pelo SUS
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) apresentou um estudo que pode mudar as indicações de tratamento da hipertensão, uma das principais causas de morte no mundo e o principal fator de risco em doenças cardiovasculares. A pesquisa, intitulada Prever é coordenada pelos professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Sandra e Flávio Fuchs e mostrou que cuidar da pressão quando ela ainda está em valores como 12 por 8 e menor que 14 por 9 (chamada pré-hipertensão) reduz drasticamente o risco de desenvolver a hipertensão.
O estudo também revelou a eficiência de dois diuréticos no combate ao problema: a cloritalidona e a amilorida. Quando combinados, os medicamentos apresentaram melhores resultados que a losartana, oferecida atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no programa Farmácia Popular, onde eles seriam, inclusive, mais baratos.
O Prever foi dividido em dois estudos independentes, o Prever 1 – Prevenção e o Prever 2 – Tratamento. No primeiro, foram analisados pré-hipertensos, entre 30 e 70 anos, sem doenças cardiovasculares. Dos 18 mil avaliados inicialmente, cerca de 1,4 mil foram selecionados e aceitaram mudar o estilo de vida, optando por hábitos mais saudáveis. Depois de três meses, 730 permaneciam pré-hipertensos.
Os parâmetros atuais adotados no Brasil ainda consideram a pressão 12 por 8 normal, mas, como apontam estudos, o ideal seria abaixo disso. Por isso, muitos pesquisadores preferem apostar em valores menores que 12 por 8 como pressão ideal.
Fonte: Gazeta do Povo: http://www.gazetadopovo.com.br/saude/tratamento-com-medicacao-ainda-na-fase-pre-hipertensiva-reduz-riscos-6i7ta0desj0i42mw1l14e39jp