Quando há predisposição genética ou quadros de obesidade é preciso ter cuidado
O sangue tem um papel essencial na manutenção da temperatura corporal e no frio essa função se torna ainda mais importante. Isso porque se os vasos por onde passa o sangue são mais exigidos no inverno e em pacientes com a saúde vascular já comprometida, podem surgir as complicações.
Segundo o Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular, o frio contrai as artérias e dificulta ainda mais a chegada de sangue arterial principalmente nas extremidades e podem causar insuficiência, ou seja, dificulta e estreita o acesso do sangue para os outros membros, em especial nas pessoas que já sofrem problemas com a circulação", explica.
De acordo com o especialista, o acúmulo de gordura nas artérias, causados pelo excesso de peso, diabetes, tabagismo e hipertensão deixa elas ainda mais estreitas, então o processo de circulação se torna lento. "Quando há predisposição genética ou quadros de obesidade, alimentação desequilibrada e sedentarismo, a preocupação se torna ainda maior nessa época do ano", alerta o médico.
No entanto, alguns sinais podem ajudar a prevenir o problema. "Quando a circulação não anda bem é comum sentir dormência ou inchaço nos membros e formigamento das mãos e nos pés, dor ao caminhar, paralisia ou fadiga muscular".
O tratamento para as doenças circulatórias pode ser feito por meio de medicamentos e cirurgia quando for necessário. Mas, a prevenção é o melhor caminho, especialmente para pacientes que já tenham alguma doença que contribui para a obstrução das artérias.
É recomendado usar roupas confortáveis e quentes, não deixe o corpo exposto ao frio, evitar as peças justas (elas podem comprimir os músculos das pernas e cintura), consumir alimentos ricos em fibras, já que auxiliam na boa digestão e controle do colesterol, fazer exercícios físicos pelo menos 3 vezes na semana mesmo em casa.
Além disso é essencial diminuir o consumo de gorduras, manter o controle adequado da pressão e diabetes, não evitar de ir ao médico mesmo durante a pandemia, beber muita água e ter cuidado ao usar meias elásticas sem orientação médica, o que pode até mesmo piorar a situação nesses casos.
Consultoria: Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular.