Ficar muito tempo sentado ou mesmo deitada aumenta significativamente o risco de mulheres idosas serem hospitalizadas por insuficiência cardíaca, mesmo que elas façam a quantidade recomendada de atividade física semanal, é o alerta que faz um novo estudo publicado em 24 de novembro no periódico Circulation: Heart Failure.
"Essas descobertas são consistentes com outros estudos que confirmam que pessoas com mais tempo sedentário diário têm mais probabilidade de desenvolver condições crônicas de saúde, como diabetes, hipertensão, infarto, AVC e morte prematura por doença cardíaca e outras causas", explica Michael LaMonte autor do estudo e professor associado de pesquisa em epidemiologia da Universidade de Buffalo, em Nova York.
Os pesquisadores analisaram dados de quase 81 mil mulheres na período pós-menopausa com idades entre 50 e 79 anos no Women's Health Initiative Study —banco de dados de saúde dos EUA. Nenhuma havia sido diagnosticada com insuficiência cardíaca no início do estudo.
Durante um acompanhamento médio de nove anos, pouco mais de 1.400 mulheres foram hospitalizadas por insuficiência cardíaca. Em comparação com mulheres que passam menos de 6,5 horas por dia sentadas ou deitadas, o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca foi 15% maior em mulheres que passaram de 6,6 a 9,5 horas por dia sentadas ou deitadas e 42% maior em mulheres que passaram mais de 9,5 horas por dia sentado ou deitado.
Em comparação com mulheres que se sentaram menos de 4,5 horas por dia, o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca foi 14% maior naquelas que se sentaram entre 4,6 e 8,5 horas por dia, e 54% maior naquelas que se sentaram mais de 8,5 horas por dia.
Um achado importante foi que a ligação entre ficar mais tempo sentado e deitado e um maior risco de hospitalização por insuficiência cardíaca foi observada mesmo em mulheres que eram mais ativas e faziam uma quantidade satisfatória de atividade física.
"Para a prevenção da insuficiência cardíaca, precisamos promover pausas frequentes após ficar sentado ou deitado por muito tempo, além de tentar alcançar os níveis de referência de atividade física", concluiu LaMonte.