Um em cada três adultos com diabetes pode ter doença cardiovascular assintomática


Níveis elevados de duas proteínas que indicam doença cardiovascular foram detectados em pacientes assintomáticos, mas que eram portadores de diabetes tipo 2. A pesquisa foi publicada ontem no “Journal of the American Heart Association” e reforça a importância do monitoramento cardíaco de diabéticos.

 
Testes para medir a troponina cardíaca de alta sensibilidade e um peptídeo natriurético de nome comprido (N-terminal pro-B-type natriuretic peptide) já são utilizados na detecção de insuficiência cardíaca. No entanto, concentrações levemente elevadas dessas proteínas na corrente sanguínea podem ser um sinal de mudanças na estrutura e no funcionamento do coração.
 
 
Os pesquisadores analisaram as informações de amostras de sangue de mais de 10 mil adultos, coletadas entre 1999 e 2004, com o objetivo de determinar se doenças cardiovasculares em pacientes assintomáticos poderiam ser diagnosticas através do nível de proteínas cardíacas que servem como biomarcadores. Entre os participantes havia indivíduos com e sem diabetes tipo 2, mas nenhum tinha histórico de enfermidade cardiovascular quando o estudo foi iniciado. Quais foram as conclusões:
 
Entre os adultos com diabetes tipo 2, 33.4% tinham sinais de doença coronariana; no grupo sem, eram 16.1%.
Para os pacientes diabéticos, os níveis elevados de troponina e N-terminal pro-B-type estavam associados a um risco aumentado de morte em geral e por problemas cardíacos.
A prevalência de troponina elevada era significativamente maior em pessoas portadoras da doença há mais tempo e que não controlavam as taxas de glicose.
 
Outra pesquisa, também divulgada mês passado, mostra que a atividade física realizada no período da tarde traz mais benefícios para o controle dos níveis de glicose de pacientes com diabetes. O estudo se estendeu por quatro anos e envolveu 2.400 participantes, que usavam um dispositivo para medir a atividade física. No fim do primeiro ano, foi constatado que aqueles engajados em exercícios de moderados a vigorosos na parte da tarde tinham a maior redução dos níveis de glicose. Esse grupo manteve tal condição no quarto ano do trabalho e foi o com mais chances de suspender a medicação.
 
 

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