Número de casos de sífilis aumenta no Brasil Atenção!
Em cinco anos, o país registrou um crescimento de 5.174% nas notificações da doença em sua forma adquirida.
Nos últimos anos, o Brasil registrou um aumento expressivo de casos de sífilis, doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a doença, em sua forma adquirida – contraída por meio de relações sexuais sem proteção –, apresentou um crescimento de 5.174% entre 2010 (1.249 casos) e 2015 (65.878 notificações). Já a forma congênita – transmitida durante a gravidez –, teve um aumento de 851% entre 2005 (3.508 casos) e 2015 (33.381). Os dados de 2016 e 2017 ainda não foram divulgados.
As notificações, que passaram a ser obrigatórias de 2005 (congênitas) e 2010 (adquiridas), ajudaram a mapear o crescimento de casos de sífilis e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Segundo especialistas, as hipóteses mais prováveis que justificam o aumento de casos da doença são a diminuição do uso de preservativos entre a população mais jovem, o despreparo de profissionais e a falta de políticas públicas adequadas no campo da educação sexual para essa parcela da população.
A escassez da produção por parte de laboratórios farmacêuticos do antibiótico penicilina benzatina, a popular benzetacil, é outra hipótese levantada para a explosão de casos de sífilis. Para o infectologista e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Francisco Hideo Aoki, falhas nos programas de educação acerca do uso adequado de preservativos aumentam os riscos de proliferação da doença. “Apesar de o sistema público fazer distribuição gratuita de preservativos, o índice de utilização não é muito elevado. E isso faz com que aumentem os riscos para todas as DSTs, inclusive a sífilis”, define Aoki.
A escassez da produção por parte de laboratórios farmacêuticos do antibiótico penicilina benzatina, a popular benzetacil, é outra hipótese levantada para a explosão de casos de sífilis. Para o infectologista e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Francisco Hideo Aoki, falhas nos programas de educação acerca do uso adequado de preservativos aumentam os riscos de proliferação da doença. “Apesar de o sistema público fazer distribuição gratuita de preservativos, o índice de utilização não é muito elevado. E isso faz com que aumentem os riscos para todas as DSTs, inclusive a sífilis”, define Aoki.
(Fonte: Jornal da Unicamp)