O que é Exame de Sexagem Fetal, onde fazer, valor, como funciona?
O que é o exame de sexagem fetal?
O exame de sexagem fetal é um teste para identificar o sexo do bebê ainda na 8ª semana de gestação. É indicado para os pais ansiosos para descobrir o sexo do bebê e que não querem esperar pelo exame de ultrassom.
O resultado do teste é feito de acordo com a avaliação da presença (ou não) do cromossomo Y no sangue materno. Para isso, uma amostra de sangue da mãe é retirada.
É considerado um exame sem riscos, não-invasivo e com poucas contraindicações. Alguns fatores podem interferir no resultado, mas, em boa parte dos casos, as chances de acerto é de 96%.
O resultado do exame é revelado dentro de 5 a 7 dias, quando feito em laboratório. Em exames de sexagem fetal de farmácia, o resultado acontece em alguns minutos. No entanto, a eficácia do exame é menor.
Para que serve?
A sexagem fetal é um exame feito para descobrir o sexo do bebê. É um método minimamente invasivo, feito através de uma amostra de sangue da mãe.
Para os pais que anseiam por saber o sexo biológico do filho esse teste pode ser uma alternativa.
A recomendação é de que o exame seja feito a partir da 8ª semana de gestação ou a 10ª semana após a última menstruação. Após esse período, o índice de acerto é maior.
Vale lembrar que o exame de sexagem fetal não é feito para escolher o sexo biológico do bebê. Também é diferente da sexagem embrionária, técnica utilizada em casos de tratamento por fertilização in vitro.
Essa técnica consiste, basicamente, na biópsia do embrião e análise da célula embrionária para identificação dos cromossomos X e Y, antes de ser transferido para o útero.
Diferente da sexagem fetal, este método não é tão simples e liberado. Para que a sexagem embrionária seja feita existe todo uma regulamentação ética, pois o Conselho Federal de Medicina proíbe que ela seja feita para escolher o sexo do bebê ou qualquer outra característica biológica da criança
As exceções existem quando se trata de evitar doenças que podem estar relacionadas ao sexo, como a distrofia muscular de Duchenne, por exemplo.
Como é feito?
A sexagem fetal, de um modo geral, é um exame simples. É realizado em mulheres com gravidez confirmada para identificar o sexo do bebê através do plasma no sangue da mãe.
Para isso, uma amostra de sangue é coletada. Não é necessário estar em jejum ou qualquer outra preparação antecedente ao exame.
Para o teste, uma amostra de no máximo 20mL de sangue da mãe é retirado, onde o DNA do feto será analisado.
A técnica utilizada nesse teste é chamada de biologia molecular, pois permite identificar o sexo e analisar o seu DNA. Isso é possível pois há células fetais circulando no sangue materno.
Dessa forma, o que será investigado é a presença do cromossomo Y do feto no sangue da mãe. Quando existe a presença desse cromossomo, o resultado do exame determina que se trata da gravidez de um menino, a ausência indica a gestação de uma menina.
Apesar de a recomendação ser de que o exame seja feito a partir da 8ª semana, ele pode ser feito em qualquer idade gestacional. Ele não representa riscos para a saúde da mãe e nem para a do bebê.
No entanto, quanto mais precoce for a procura pelo teste, menores as chances de um resultado eficiente. Após a 8ª semana, quando o DNA do feto circula pelo sangue materno, as chances do exame acertar o resultado podem ficar entre 98% a 99%.
Como funciona?
Após a amostra de sangue colhida, o plasma (parte líquida do sangue) é separado e submetido a um processo chamado de reação em cadeia polimerase (PCR) com iniciadores específicos para o cromossomo Y.
Essa reação permite detectar até mesmo pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma, devido a sua alta sensibilidade.
O DNA fetal encontrado no plasma provém de vários tipos de células do bebê, no entanto, conforme a gravidez evolui, maior é a presença do material genético que identifica o sexo do bebê no plasma.
Sendo assim o exame, busca encontrar no cromossomo Y a região chamada SRY, parte do cromossomo que determina o desenvolvimento dos genitais masculinos em mamíferos. Com a confirmação do SRY, o teste determina o sexo biológico do bebê com maior precisão.
Cromossomos sexuais
Os cromossomos sexuais, X e Y, são um tipo de cromossomo responsável pela determinação do sexo biológico. Um cromossomo é uma sequência de DNA com vários genes que detém ações específicas.
Em seres humanos e outros mamíferos, é o cromossomo Y quem determina o sexo biológico. Dessa forma, os homens (ou machos) possuem o parzinho XY e as mulheres (ou fêmeas) apresentam a dupla XX. Por isso que na sexagem fetal é o cromossomo Y que define o resultado.
Teste de sexagem fetal de farmácia
O teste de sexagem fetal de farmácia também tem como base para o resultado a presença ou ausência do cromossomo Y. Ele é bem mais simples do que o teste de sexagem fetal feito em um laboratório, no entanto, sua porcentagem de acerto é inferior.
Em teste feito em laboratório, exame de sexagem fetal apresentou taxa de precisão de 90%. No entanto, entre os usuários o índice de acerto foi bem menor, apresentando precisão de 82%.
Para que as chances de acerto do teste sejam maiores, a gestante deve aguardar um pouco mais, esperando até a 12ª semana de gestação.
O custo do exame, considerando a porcentagem de erro, pode não ser vantajoso para as mães. A média de preço do teste varia de 100 reais a 150 reais.
Como funciona
Esse teste é muito semelhante aos testes de farmácia para confirmação de gravidez, identificando o sexo do bebê através da urina da gestante.
O resultado do exame, diferente do teste de laboratório, é bem mais rápido. Em poucos minutos, o exame identifica o sexo do bebê.
O esquema do exame também funciona por cores, sendo verde para um menino e laranja para uma menina.
A reação acontece através dos hormônios presentes na urina com os cristais químicos do teste.
Modo de usar
O teste de sexagem fetal de farmácia deve ser feito de acordo com as instruções na embalagem do produto. Para o teste, a gestante deve utilizar a primeira urina da manhã, pois nela está presente uma maior concentração de hormônios.
A embalagem contém uma seringa sem ponta e um copinho com os cristais no fundo, onde acontece a reação e o resultado do teste.
Com a seringa, a gestante deve recolher um pouco da primeira urina do dia e em sequência injetar a urina no copo. Após agitar suavemente o conteúdo, por aproximadamente 10 segundos, deverá colocar o copo sob uma superfície plana em cima de um papel branco.
Após esperar entre 5 a 10 minutos, a mulher deve comparar a cor da solução obtida com as indicações da embalagem.
Quando não deve ser feito
Muitos fatores influenciam no resultado deste exame, portanto, para garantir a eficácia do resultado, algumas contraindicações são colocadas. Dessa forma, o teste não deve ser feito nas seguintes condições:
- Se a gestação ultrapassou 32 semanas;
- Se a mulher teve relações sexuais dentro das últimas 48 horas;
- Se, recentemente, passou por tratamentos para infertilidade, com remédios contendo progesterona;
- Em gestação de gêmeos, principalmente no caso de gêmeos de sexos diferentes;
- Em gestação feita por inseminação artificial.
Esses casos envolvem fatores que interferem na quantidade de hormônios no corpo da mulher e por isso implicam no resultado do teste.
Contraindicações
Esse exame não apresenta muitas restrições. De um modo geral, ele pode ser feito por qualquer mulher, sem apresentar riscos para sua saúde ou para a saúde do feto.
As contraindicações existentes estão relacionadas ao resultado do exame. Alguns fatores podem interferir na eficácia do exame, portanto, é indicado que as mulheres não o realizem nas seguintes circunstâncias:
Transfusão de sangue ou transplantes
O exame de sexagem fetal não é recomendado para mulheres que foram transplantadas ou que já passaram por transfusão sanguínea.
Já foi relatado que células do doador de sangue podem interferir no resultado do exame, possibilitando um falso resultado de sexo biológico masculino para o feto.
Antes da 8º semana de gestação
Mulheres com uma gestação tão recente podem obter um resultado inadequado no exame, por isso é aconselhado que o exame de sexagem fetal seja feito após a 8ª semana de gravidez.
Sexagem fetal em gravidez de gêmeos
O exame de sexagem fetal pode ser realizado em gestação de gêmeos, no entanto, o resultado pode ter diferentes interpretações, sendo diferente para gêmeos univitelinos e bivitelinos:
Univitelinos
Em casos onde se há uma gestação de gêmeos univitelinos, onde os fetos compartilham o DNA e por isso terão o mesmo sexo, o resultado do exame de sexagem fetal determina o sexo de ambos.
Assim, se o teste identificar uma gestação de fetos do sexo masculino, vale para os dois. Se houver a ausência do cromossomo Y, significa que ambos são meninas.
Bivitelinos
Quando se trata de gêmeos bivitelinos, o resultado do exame é menos eficaz, pois significa que os fetos não dividem a mesma placenta. Portanto, não significa que serão do mesmo sexo ou que terão características físicas semelhantes.
Sendo assim, o resultado do exame de sexagem fetal deve ser interpretado da seguinte forma:
- A presença do cromossomo Y determina que ao menos um dos bebês é do sexo masculino;
- A ausência do cromossomo Y determina que se trata de uma gravidez de duas meninas.
O que pode afetar os resultados?
A sexagem fetal é um exame passível de erro como qualquer outro teste. Mesmo com uma porcentagem de acerto relevante, quando se trata do exame laboratorial, existem alguns fatores que implicam no resultado.
Portanto, diante de determinados fatores, as gestantes podem receber um resultado equivocado. São eles:
Gravidez múltipla
Quando se trata de uma gestação de múltiplos, de 2 ou mais embriões, o resultado não é garantido. No caso de uma gestação de gêmeos, ainda é possível que o exame identifique o sexo de um dos bebês, quando menino, ou dos dois fetos quando se tratam de meninas, mas ainda assim não é 100% seguro.
Nada impede que essas mulheres façam o teste, mas para assegurar um resultado mais real, pode ser mais vantajoso aguardar um pouco mais e realizar exames como a ultrassonografia.
Abortamento subclínico
O abortamento subclínico, ou aborto espontâneo, pode afetar o resultado do exame quando acontece em uma gestação múltipla, onde um ou mais embriões, em decorrência de um processo de hiperovulação ou fertilização in vitro, acaba morrendo.
O DNA do feto abortado pode ser detectado no sangue materno em até duas semanas depois do aborto. No caso de um aborto espontâneo de um embrião do sexo masculino, o resultado do teste se torna inconsistente.
Transfusão de sangue e transplantes
Gestantes que apresentam histórico de transplante ou transfusão de sangue devem estar ciente da possível interferência desses fatores no resultado do exame.
Riscos
O exame de sexagem fetal não apresenta complicações para a saúde da mãe e nem para a do feto. Portanto, pode ser feito sem medo de riscos.
A única preocupação é na forma como a coleta do sangue será feito. Os materiais utilizados e o local onde será feito o exame devem ser limpos e livre de contaminações.
Preço
O preço de um exame de sexagem fetal varia de acordo com o laboratório e região do país onde é realizado. A média fica entre 260 reais e 850 reais, podendo apresentar valores maiores.
O custo é superior quando comparado à média de preços do teste de sexagem fetal de farmácia, com a média de 100 reais a 150 reais.
Não é um exame oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também não é coberto por planos de saúde, pois não é considerado um exame de urgência.
Exames complementares
Além do teste de sexagem fetal, há outras alternativas para descobrir o sexo do bebê. Conheça quais:
Ultrassom
O ultrassom é um exame de imagem simples e não-invasivo. É considerada a forma mais convencional de se identificar o sexo do bebê. Ele faz parte do pré-natal e possui outras funções, sendo a de identificar o sexo uma das avaliações do exame.
Assim como o teste de sexagem fetal, o ultrassom obstétrico não oferece risco para a mãe ou para o feto. A identificação do sexo é feito através da observação da genitália através da imagem.
Nem sempre essa identificação é fácil , pois para que o médico consiga enxergar de forma clara a presença do órgão genital masculino ou feminino o bebê precisa estar em uma posição favorável para isso.
A diferenciação da genitália pode ser feita próximo da 6ª semana de gestação, mas é a partir da 21ª semana que se é recomendado a ultrassonografia para identificar o sexo do bebê. Essa ultrassonografia é denominada de ultrassom morfológico.
Contudo, até mesmo este exame está passível de erro. Mesmo com a genitália completa, a posição do feto na barriga da mãe pode impedir a visibilidade durante o ultrassom.
Amniocentese
A amniocentese é um exame invasivo que não tem a finalidade exclusiva de designar o sexo do bebê.
O exame consiste na introdução de uma agulha na barriga da gestante até alcançar o útero, onde a coleta de uma pequena quantidade de líquido amniótico é feita.
Esse líquido é rico em material genético e contribui para a investigação ou rastreio de doenças genéticas no bebê. Por conter grande quantidade de material genético do feto, a taxa de acerto do sexo biológico é de 100%.
No entanto, deve ser feito apenas em casos especiais com indicação do médico. Para o conhecimento do sexo do bebê existem exames mais simples e seguros.
Perguntas frequentes
Muitas dúvidas surgem quando o assunto envolve uma gestação. No caso do exame de sexagem fetal não é diferente. Veja algumas perguntas frequentes sobre o assunto:
Gestações anteriores interferem no resultado?
Não, o fato da gestante ter outros filhos não interfere no resultado do exame, sendo eles do sexo feminino ou masculino. Após o parto, dentro de horas, o DNA fetal é eliminado da circulação da mãe.
Quando tempo demora para o resultado?
O resultado do exame laboratorial demora de 5 a 7 dias para o resultado. O teste de farmácia revela o sexo do bebê em poucos minutos.
Quanto tempo demora este exame?
Esse exame não é demorado. Por não exigir nenhum cuidado especial antes ou depois do procedimento, o tempo necessário é apenas o tempo em que a coleta de sangue é feita, como em um exame de sangue comum.
O resultado do exame é seguro?
Sim, ainda que cerca de 5% dos testes possam ser inconclusivos, sendo necessário uma segunda coleta de sangue e redação do exame, o exame de sexagem fetal é bastante preciso. Isso, claro, quando eliminamos todos os possíveis fatores que interferem no exame.
O teste de sexagel fetal é capaz de detectar uma possível gravidez?
Não, a sexagel fetal não funciona como um teste de gravidez. Mulheres que apresentam algum sintoma de gestação, devem procurar outros exames para confirmar essa chance, tais como o exame de sangue Beta-HCG.
Qual o resultado de um teste de sexagem fetal quando não há uma gestação?
Como visto anteriormente, o teste de sexagem fetal não é um exame de confirmação de uma grávidez.
No entanto, se mulheres que não estão em gestação fizerem o exame o resultado será correspondente ao de uma gestação de uma menina.
Portanto, antes de realizar esse exame é necessário ter certeza se há uma gestação, pois haverá um resultado.
O exame é capaz de identificar doenças ou anomalias no bebê?
Não, o exame de sexagem fetal ainda não é capaz de detectar doenças genéticas nem anomalias no feto. No entanto, existem estudos que demonstram interesses em explorar as aplicações do DNA fetal encontrado no plasma contido na amostra de sangue da mãe.
Essa possibilidade permitiria o diagnóstico não-invasivo de doenças como a beta-talassemia, tipo hereditário de anemia, nanismo e Síndrome de Down. Dessa forma, dispensaria o uso da amniocentese, processo invasivo para coleta do líquido amniótico, e da biópsia de vilo corial, onde se tem uma amostra da placenta.
São necessários cuidados pré-exame e pós-exame?
Não, o exame de sexagem fetal é considerado simples. Não é necessário cuidados específicos antes ou depois de ser feito.
O teste de sexagem fetal só pode ser feito por orientação médica?
Não. Para realizar o exame de sexagem fetal não é necessário prescrição médica. No entanto, isso pode variar de acordo com o laboratório. Antes de agendar o teste, é preciso verificar se há esse requisito.
Como sei de quantas semanas estou grávida?
Para saber qual a idade gestacional, a gestante precisa saber a data de sua última menstruação. Após 7 dias desta data, conta-se uma semana de gestação.
Por exemplo, se uma mulher teve sua última menstruação com início no dia 1 de janeiro, a idade gestacional deve ser contada a partir desta data e não pelo dia da última relação sexual.
A partir do exemplo acima, a mulher deveria realizar o exame de sexagem fetal após o dia 12 de março, quando sua idade gestacional seria superior a 10 semanas após a última menstruação.
Esse método é utilizado porque é difícil definir com precisão quando acontece a fecundação, pois os espermatozoides podem sobreviver por até 7 dias no corpo da mulher antes de fecundar o óvulo e a gravidez ser, de fato, iniciada.
Contudo, nem todas as mulheres possuem menstruação regular ou se lembram da data da última menstruação. Nesses casos, para saber a idade gestacional, a mulher pode solicitar ao médico durante uma ultrassonografia na consulta de pré-natal.
É uma forma mais exata de saber de quantas semanas se está grávida e da data aproximada do parto.
Também é possível consultar a semana gestacional através da altura uterina (AU), onde o médico utiliza uma fita métrica para medir se o crescimento está adequado ao tempo de gestação.
Normalmente, a altura uterina corresponde a idade gestacional, como por exemplo uma gestante com 26 semanas de gestação, onde a AU deve ser de 25cm.
Outro fator considerado para calcular a idade gestacional é a quantidade de Beta HCG no sangue.
O uso de medicamentos interfere no resultado?
De modo geral, não. Em casos específicos, como no uso de antibióticos ou drogas antivirais, os medicamentos podem interferir na sensibilidade do teste e influenciar no resultado.
Quando o exame de sexagem fetal é feito para pesquisar alguma patologia no feto, também é possível que o uso de alguns medicamentos possam interferir.
Para que isso não aconteça, informe os medicamentos que está tomando antes de realizar o teste e verifique a necessidade de alteração ou suspensão do uso.
(Fonte: Minuto Saudável)